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Terra Chapada: a paleta do Araripe






Sabe quando você se vê diante das estrelas e da via láctea, do oceano em alto mar, de uma extensa faixa de areia na praia ou de um grande monumento histórico e se percebe um grão bem pequenininho nesse mundo? Pois então. Vá ao Ceará, se depare com a Chapada do Araripe e adicione essa experiência na sua lista das inquietudes existenciais.


Localizada no Pontal de Santa Cruz, a chapada revela uma paisagem com diferentes formações rochosas de idades, tamanhos, texturas e cores,  fósseis de plantas, animais e insetos e uma história de bilhões de anos difícil de resumir numa única linha do tempo. É preciso contar com alguns andares para visualizar esse panorama de muitos anos que essa região escancara com tanta beleza.


Diferente das outras chapadas, a do Araripe é um lugar sem cachoeiras predominantes, mas sim de um cenário que coloca o visitante em perfeita simbiose na conexão cultura e natureza.  E faz sentir que educação, cultura e meio ambiente deveriam estar sempre lado a lado.


Lá do alto, no mirante do Pontal de Santa Cruz, por exemplo, a história é contada pelas diferentes formações terrosas do geossítio ao mesmo tempo em que a paisagem aponta no vale abaixo o lugar da possível separação dos continentes Brasil- África,  nomeado Pangeia segundo a teoria da deriva continental de Alfred Wegener.  



No vilarejo de Santana do Cariri o museu de paleontologia, um dos mais importantes do mundo, apresenta esse conhecimento materializado nos inúmeros fósseis da região, seja de espécies animais ou vegetais, e numa maquete das formações rochosas de tirar o fôlego. No momento da nossa visita o museu estava recebendo uma repatriação, da Alemanha, do fóssil do dinossauro Ubirajara de 110 milhões de anos.  


Nas cidades, vilas e povoados a tradição dos mestres é vivida num contar de muitos saberes e fazeres com a natureza ao mesmo tempo em que a artesania e arte colocam em perspectiva as cores de uma paleta vivificante.  Foi nesta viagem que conheci o trabalho de Efrain de Almeida na exposição Encarnados, uma investigação entre natureza e corpo, entre outros.


Diante de tanta história, conhecimento, natureza e cultura realizei o meu trabalho de pesquisa sobre algumas das cores da Chapada do Araripe.  Numa relação de respeito, coletando terras, em pequenas quantidades e em locais além das áreas de preservação, para contar um pouco da relação desta terra com a vida e mostrar como as cores do Araripe traduzem a identidade Cariri de bilhares de anos.





A coleção Caixa Terra Chapada tem quatro cores de aquarela e duas de giz de cera. É uma edição limitada e 30% do valor é revertido para o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens em Santana do Cariri.

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