terra paulistana: a emoção da paleta de cores
Enquanto a pesquisa no canteiro de obras segue em compasso de espera, no ateliê as cores reveladas seguem despertando meu encantamento sobre a terra paulistana.
Agora são cinco as cores da paleta com a chegada do rosado, fruto daquela última visita em março em que eu buscava o branco e achei o rosa graças a insistência do Sr. Osvaldo.
Já contei aqui no blog como a experiência de coleta de terra no canteiro de obras do Butantã tem sido transformadora para mim e de certa forma para os serventes da obra.
Quando levei o giz de cera de presente para eles percebi o impacto daquela descoberta em que a terra pode se transformar em materiais de arte. Recentemente, em uma das minhas visitas levei o conjunto de aquarela das terras paulistanas. A nora do Sr. Osvaldo é professora da escola pública. Fico imaginando a possibilidade de promover o acesso aos materiais de desenho e pintura que geralmente, pelo preço, é destinado a um público muito específico. Tornar esses materiais de arte acessíveis a partir desta cocriação com a natureza é unir os valores ambientais, culturais e sociais que a terra proporciona. O que é sem sombra de dúvida um dos pilares do ofício que escolhi e do projeto terra que te quero.
Sigo apaixonada por essas descobertas e pela artesania que acontece no atelier em Bragança Paulista que recebe carinhosamente as terras coletadas de diferentes regiões para a revelação das cores em forma de giz de cera e aquarela. Interagir com a terra, as propriedades, cores e histórias é uma realização pessoal, uma expressão criativa do meu amor pela natureza e uma vontade de levar essa mensagem de preservação ambiental adiante pelo encantamento que a terra é capaz de despertar.
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