Terras Bragantinas - o começo
Em meio às terras bragantinas, de tons vermelhos e rosados, despertei meu olhar para o trabalho com pigmentos naturais. Do encontro das terras com o atelier surgiram gizes de cera, aquarelas e materiais pedagógicos nessa co-criação com a natureza. Terra que te quero expressa o meu amor e devoção por esse elemento primordial de vida através de materiais artísticos feitos com pigmentos naturais de terras coloridas que contam histórias de natureza. terra que te quero Logo que aprendi sobre o potencial tintório das terras, uma prática ancestral de desenho e registros históricos, decidi investigar o meu próprio quintal. Já morando na área rural de Bragança Paulista, me deparei com duas tonalidades marcantes. A terra avermelhada, bem característica da região e para minha surpresa uma terra rosada que contam por aqui ser uma terra mais profunda resquício de uma escavação de um poço artesiano. Nasceram desta etapa as duas primeiras cores da paleta do campo. Terra Bragantina e Terra Profunda. terra que te quero Este foi o pontapé inicial para um trabalho que integra história, pesquisa e sustentabilidade para o desenvolvimento de produtos. Conhecer de perto as terras do quintal e interagir com elas pela perspectiva do tempo e da história me trouxe um questionamento importante. Como estamos nos relacionando com a terra? Como cuidamos da terra? Em que momento passamos a ter uma visão sobre a terra como solo ou terreno? O que a terra pode nos revelar sobre história, cultura, tradição e entendimento sobre o meio ambiente?
Todas essas perguntas foram essenciais para construir a jornada de trabalho do Atelier Ambá, em Bragança Paulista, onde desenvolvo minhas pesquisas e produtos com pigmentos naturais de terra.
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